IDENTIDADE VISUAL



Preservando como elemento iconográfico a Deusa Romana Minerva - divindade mitológica protetora da sabedoria, das artes e das técnicas de guerra - a identidade visual da EESC evoluiu ao longo de sua história para manter-se alinhada conceitualmente aos propósitos institucionais e aos padrões técnicos gráficos e de mídia.

A primeira alteração aconteceu na década de 1990, quando o logotipo foi redesenhado pelos professores Jorge Caron e Luís Antônio Jorge, para as comemorações dos 40 anos da Unidade. Adotaram as cores azul e verde como alusão ao curso de Arquitetura e Urbanismo, então recém-criado.

Em 2014, a identidade visual passou por outro redesign e é atual representação gráfica da EESC. Com desenho mais contemporâneo e legível, transmite conceitos de pujança, inovação, mobilidade e humanização.

A paleta de cores é formada pelo azul - referência à Engenharia, à Universidade de São Paulo e às características de confiabilidade e comando - e pelo cinza, relativo à tecnologia, à estabilidade e ao equilíbrio.

Associou-se à parte figurativa o elemento nominativo EESC-USP que, ao mesmo tempo em que possibilita uma identificação rápida da Unidade, reforça os vínculos institucionais.

OUTROS SÍMBOLOS

E-1

O Bloco E-1 é considerado uma obra marcante, tradução e consolidação da arquitetura moderna, verdadeiro referencial da arquitetura escolar brasileira. Sua construção fugiu às soluções dadas até então pelos projetistas especializados na edificação de prédios escolares, que tradicionalmente imprimiam o estilo neoclássico a esse tipo de instalação.

Não obstante o emprego de concreto armado, aço e vidro, o prédio erguido sobre pilotis transmite ao observador uma ideia de leveza e harmonia, talvez acrescida pelo detalhe característico impresso nas escadas externas construídas em sua face norte.

Foi entregue ao escritório do arquiteto Hélio de Queiroz Duarte e do engenheiro Ernest Robert de Carvalho Mange, com autorização concedida pelo Conselho Universitário, em 12/2/1954, o encargo de executar um estudo preliminar e um anteprojeto para a construção dos prédios e instalações definitivas da Escola a partir do início do ano seguinte.

Por meio de concorrência, foram selecionados especialistas para elaboração do projeto de estrutura de concreto e instalações gerais.

Passou-se depois aos trabalhos de moldagem e cravação das 200 estacas previstas e também publicou-se o edital de concorrência para a construção total do primeiro prédio.

Firmou-se contrato por administração, em que se estabeleceram multas como prêmios referentes ao preço e à duração da obra, além da exigência dos processos e equipamentos mais modernos e econômicos para a construção.

O projeto inicial previa a construção de diversos outros prédios que não puderam ser edificados por falta de verbas.

Já era esperado um período de contenção de despesas e, no início de 1955, as obras foram suspensas em virtude do congelamento dos recursos financeiros destinados à Escola. Liberados parceladamente mais tarde, decidiu-se inserir diversas modificações em detalhes para maior economia. Somente em 1956, a metade do prédio foi concluída e passou a ser ocupada pela Escola. Em 1957, a construção do Bloco E-1 foi terminada, o que possibilitou a mudança gradativa de alguns setores que funcionavam no prédio da Casa d’Itália.

O edifício consistiu de quatro pavimentos, com área útil total aproximada de 3.400 m2. A adoção do sistema de divisórias removíveis permite fácil adaptação dos ambientes às necessidades ocasionais. Acobertura do prédio foi projetada para fins didáticos e de pesquisa, sendo o pavimento térreo destinado a serviços para alunos, instalação de um laboratório e circulação sob o vão livre. Conta-se que o Presidente Juscelino fez questão de passar sob o prédio dirigindo o carro que o trouxera a São Carlos.

Portal Décadas

Implantado em novembro 2001, como parte das comemorações do Jubileu de Ouro da Escola de Engenharia de São Carlos, o Portal Décadas constitui uma escultura interativa, compreendendo pórticos metálicos vermelhos, cada um representando uma década da história da EESC. Destituídos de ornatos e estruturados segundo princípios modernistas, os pórticos estão localizados no centro da Praça das Décadas, sendo passagem natural de pedestres a utilizarem com muita freqüência o largo passeio que cruza diagonalmente a praça. A obra é de autoria da Arquiteta Sônia Lúcia Medeiros da Silva Costardi.

Ao serem utilizados pórticos como elementos da composição, vários fatores foram considerados: com os pórticos,  evidencia-se o elemento construído, estrutural, inerente à Engenharia, e possível de ser utilizado;  através do ritmo conferido na disposição desses elementos,  pretende-se suscitar o sentido conotativo da passagem associando-a a conquistas e experiências vinculadas a tempo (com perspectiva de contínua evolução). Os pórticos vermelhos, ao constituírem o portal, destacam-se na paisagem como um marco, tal qual a Escola de Engenharia de São Carlos,  nessas décadas de existência; ressaltam, como uma seta estilizada, o Bloco E-1. O usuário experimenta a emoção estética como “participante  ativo”, ao percorrer o caminho na diagonal da praça, em direção ao Bloco E-1 e ao passar sob os pórticos, registrando a passagem do tempo. A leveza plástica, assim como a escala do conjunto, não compromete a visão do prédio modernista.

Praça Registrum

Do lado oposto ao Portal Décadas, está localizada a Praça Registrum, também criada durante as comemorações do cinquentenário da EESC. Nela, estão dispostos totens com o registro de todas as turmas de engenheiros graduados pela Escola, bem como de seus dirigentes e servidores docentes e técnico-administrativos pioneiros. Na praça também está instalada a escultura Minerva, de autoria de Antonio Galvão.